segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Resenha: Delírio

Título Original: Delirium
Autor: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Páginas: 352
Nota: 5/5
SINOPSE: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?.
Você já sofreu por amor?
Pois é, quem nunca sofreu por um ex-namorado (a) ou até mesmo o atual? Um amor não correspondido ou até uma friendzone? Imagine o amor como uma doença que despedaça e corrói sua alma, quando quem você ama te afeta e te toca de um jeito que machuca. Refiro-me a todos os tipos de amor, sabe aquele que você sente pelos seus pais, avós, irmãos, amigos... Amar é se importar e muitas vezes de machucar.
A primeira coisa que me chamou atenção nesse livro foi a capa que é simplesmente linda, e quando li a sinopse me apaixonei pela proposta que a Lauren Oliver trouxe. Eu estava com muita vontade de lê-lo e com uma enorme expectativa e ela foi correspondida. Delírio é uma distopia que tem um enredo bem construído e uma narrativa fácil que me prendeu do começo ao fim.
Em algum momento da história humana o amor é visto como uma doença- amor deliria nervosa – e foi determinado pelo governo que todos os cidadãos que completarem 18 anos passariam por uma intervenção onde seriam submetidos a cura.
Magdalena Haloway está preste a completar seus 18 anos e contas os dias para passar pela intervenção. Ela deseja viver sem dor, com traquilidade e segurança. Lena sabe que após sua cura não precisará se preocupa com mais nada, pois o governo tratará de em encaminha - lá á uma boa faculdade, além de nomear um marido a ela. A garota confia totalmente no governo e nunca ousou desrespeitá-lo, porém faltando poucas semanas para sua intervenção os caminhos de Lena cruzam-se com o de Alex, ela se apaixona e reconhece rapidamente os sintomas do deliria.
O final do livro é angustiante e deixa um gostinho de quero mais, e não vejo a hora de ler a continuação intitulada de Pandemônio.
Algumas citações do livro:
“AMOR: uma única palavra, algo delicado, uma palavra que não é mais larga ou longa que uma lâmina. É o que ela é: uma lâmina, uma navalha. Ela corre pelo centro de sua vida, cortando tudo em duas partes. Antes e depois.O restante do mundo cai em ambos os lados. "
“ Enquanto eu estou deitada ali, com a dor penetrando meu peito e a sensação ansiosa e doentia se agitando dentro de mim e um desejo tão forte por ele que é como uma faca rasgando meus órgãos e me dilacerando, tudo que consigo pensar é: Isto vai me matar, isto vai me matar, isto vai me matar. E eu não me importo. ”
“A Shhh diz que o deliria altera a percepção, compromete a capacidade de raciocinar com clareza e impede julgamentos corretos. Mas ela não diz o seguinte: o amor transforma o mundo inteiro em algo maior. Mesmo o lixo, brilhando no calor, um amontoado enorme de sucata, plásticos derretidos e sujeira, parece estranho e milagroso, como um mundo alienígena transportado para a Terra. ”

Para quem gosta de distopias Delírio é um ótimo livro para morrer de amor.

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